Sou o Mateus, a engrenagem por trás da Avati Taquería.
Acredito que reencantar o milho como protagonista na mesa brasileira e impulsionar a comida mexicana tradicional para o momento do lanche, dominado pelas cozinhas eurocêntricas, pode ser um dos caminhos para o movimento decolonial na alimentação!
A escolha pela comida mexicana foi intuitiva e muito influenciada pelo restaurante que trabalhei em 2019: a Cozinha Comuna, na época também chefiada pelo tio Bruno. Intuitiva porque durante mais da metade da minha graduação na UFRJ participei como bolsista extensionista de um projeto intitulado "Pi(ra)poca: o milho e a memória indígena na cultura alimentar brasileira“. Ali tive contato direto com estudos sobre ancestralidade e questões antropológicas relacionadas com as práticas alimentares dos povos ameríndios. Muito influenciada pela Cozinha Comuna porque foi lá que conheci tacos, montando umas dezenas de porções de trios de tacos de peixe frito.
Assim que a Avati deixou de engatinhar e agora consegue dar seus passos, ainda bambos mas com forças nas pernas, percebi que era momento de voltar à Junta Local. Voltar, porque antes de participar como ajuntado, tive uma breve porém enriquecedora passagem como estagiário no escritório da JL atuando junto à Comunidade.
