Para Quem Come
Para Quem Faz
Quer ser um produtor da Junta Local? Clique aqui.
Quem Somos
Por que é tão difícil comer produtos bons e frescos que não custem uma fortuna? Por que não comemos uma variedade maior de produtos? Por que as pessoas que produzem nossa comida são praticamente invisíveis e recebem tão pouco pelo seu trabalho? Por que não valorizamos mais o que é cultivado e produzido perto de nós? Por que não existe uma feira vibrante na nossa cidade? A comida é um assunto muito complexo e é preciso ir além dos rótulos, como orgânico, ou da preocupação apenas com a saúde individual.
Estas questões nos inquietavam e resolvemos agir. Motivados pela fome de comida boa e pela convicção de que as pessoas e os valores deveriam estar no centro do sistema alimentar, criamos uma plataforma para facilitar a relação direta entre quem faz e quem come. Criamos uma feira física e uma ferramenta online, a Sacola da Junta, ambas plataformas que permitem conhecer e comprar diretamente de pequenos produtores. No processo de construção delas, fomos conhecendo produtores talentosos e engajados. Descobrimos que a melhor maneira de nos organizar e avançar seria nos tornar uma comunidade em torno da comida de verdade. Chegamos junto.
Nossa principal missão consiste em criar espaços físicos e virtuais para que esta comunidade cresça de forma sustentável. Repensamos a cadeia alimentar, pensamos em formas sustentáveis de valorizar o local e usamos a criatividade para eliminar intermediários, baixar custos e dar voz e vez ao pequeno produtor.
Maior transparência e acesso mais democrático à comida boa, local e justa. Somos pequenos, somos locais e acreditamos que é possível transformar o mundo pela comida.
Por que Junta Local?
+Junta
Juntos e unidos no mesmo lugar somos mais fortes. A plataforma que estamos criando é feita para e com pequenos produtores, de acordo com suas particularidades, e é com a participação deles que nos ajuntamos, para criar duas plataformas – as nossas feiras e a Sacola da Junta, formando uma cadeia alimentar muito mais dinâmica, direta e justa.
+Local
A Junta é Local porque acreditamos que a relação direta com o pequeno produtor e com a comida necessita da proximidade. Criar pontos de encontro na escala do bairro e da cidade. É em torno destes locais, e das pessoas que se cruzam neles, que se constitui uma rede alternativa local, resgatando o contato e o convívio.
Estar perto não se mede apenas em quilômetros. Ser local significa poder ter uma relação direta, sem uma longa cadeia de intermediários entre quem come e quem faz. Para tornar a oferta de produtos mais completa, damos espaços também a produtores que estão fisicamente “longe”, mas que no entanto atuam dentro de escalas menores e locais, e se comprometem a manter o contato direto e transparente com nossa comunidade.
Comida Boa, Local e Justa
O que é a comida boa? Como devemos comer? Qual é a dieta mais correta? Orgânico, sem glúten, sem açúcar, vegano, paleo? Não damos muita bola para essas definições, o importante é, segundo Michael Pollan, comer comida de verdade, o que significa comer menos porcaria e mais plantas e produtos frescos. Comida não é apenas nutrição, é cultura. O importante é comer com consciência, buscando apoiar as pessoas e reduzir o impacto na natureza.
A Junta Local faz parte desse movimento pela comida de verdade, mas vai além, pensando no contexto em que isso é possível. Precisamos de um sistema alimentar onde exista uma cultura de valorização da cozinha e da comida. Em que quem produz receba um valor justo pelo seu trabalho, e que a natureza seja respeitada, com a utilização de técnicas que preservem o solo e a água, e a redução drástica de resíduos gerados. Para a Junta Local tudo começa com as pessoas.
Um pouco sobre como enxergamos o sistema alimentar
O sistema alimentar é atualmente dominado por megacorporações que investem mais em comodidade, propaganda e "tecnologia" do que em ingredientes de qualidade e práticas agrícolas e culinárias que rendem não só comida mais deliciosa, mas uma relação mais justa com a terra e o produtor. Isso acontece porque a comida tem sido tratada como uma mercadoria e não como direito, identidade e como algo que nos conecta à natureza e ao nosso entorno. Cozinhamos cada vez menos e, consequentemente, continuamos sem refletir muito sobre a origem da comida e o caminho percorrido até ela chegar à nossa mesa.
O resultado é um sistema alimentar que:
- conta com uma concentração desigual de poder, com grandes corporações dominando o consumo na cidade e no campo;
- é cada vez menos saudável para o ambiente e para as pessoas: para se adaptar a uma escala de produção e distribuição de amplitude global, torna-se recorrente no campo a monocultura e o uso de pesticidas e organismos geneticamente modificados e na indústria alimentar o uso excessivo de sal, açúcar e gordura no processamento da comida, além do uso de conservantes e preservantes artificiais;
- produz comida cada vez menos deliciosa, variada e conectada ao clima, solo, estação e tradição;
- é cada vez menos humano, que incentiva o consumo compulsivo e individual e exacerba a desigualdade social.
Comida não é negócio, é um direito básico e uma forma de expressão cultural. Comida boa e saudável não deveria ser cara e de difícil acesso para o consumidor, nem mais custosa ao produtor. Devolvemos à quem faz e quem come a palavra sobre o que é produzido, de que forma é produzido, e o quanto vale. O preço pago pela comida local deve ser justo com o produtor, reconhecendo sua importância no sistema alimentar, e também justo para quem come, que reconhece o valor da comida e busca saber para onde vai cada centavo que gasta.
A comida deve ser mais acessível para todos. E também ser compartilhada, sendo uma forma de reforçar laços entre as pessoas no âmbito privado, com amigos e famílias, e no âmbito público, gerando cidadania e renovando o espaço coletivo.
Estes princípios já foram reconhecidos até pelo pelo governo brasileiro. É preciso colocá-los em prática.
Leia o Guia Alimentar para a População Brasileira.
A Junta Local acredita na transformação desse cenário ajuntando quem come e quem faz em novos espaços onde comunidade, campo e cozinha se encontram. Parte dessa revolução consiste na compra direta, eliminando intermediários, criando cadeias curtas e empoderando o pequeno produtor. Mas ela vai muito além disso. A revolução depende também da criação de novas práticas de distribuição e logística, comunicação e ocupação urbana. Juntos queremos uma revolução deliciosa para tornar mais acessível a comida boa, local e justa.
Como a Junta Local se sustenta?
Nos tornamos uma empresa através da incubação no programa Rio Criativo em 2016. No entanto, não somos uma empresa comum. Trabalhamos juntos à nossa comunidade de produtores com o objetivo de tornar o caminho da comida até você o mais direto possível. A Junta Local não compra e revende produtos, ela oferece sua plataforma e organiza entregas para que os produtores possam vender diretamente e com o menor custo possível. Assim a comida boa fica mais acessível e o produtor tem um retorno maior sobre cada real que você gasta. Na Junta Local, a taxa que fica com a empresa é definida de forma coletiva e oscila entre 15 e 26% de acordo com o que precisamos para manter financeiramente as nossas plataformas, equipe, comunicação e pagar impostos. Desse modo, crescemos juntos.
Ajuntados
Estes são os produtores da Junta Local. Cada um passou pelo nosso processo de curadoria e possui um compromisso com os nossos princípios. Eles são os pequenos agricultores, produtores artesanais, fazedores culinários e empreendedores gastronômicos, no campo e na cidade. Os produtores ajuntados contam com uma estrutura de apoio e mobilização coletiva.
Conheça quem faz o que você come e entre em contato direto com eles. Veja agora nossos produtores →
O Modelo Ajuntativo
Mudar o sistema alimentar é um grande desafio! Sozinhos somos pequenos, mas juntos podemos ser grandes! Na Junta Local decidimos nos organizar para encarar o desafio de criar um sistema alimentar local juntos, nos apoiando mutuamente e buscando usar a força do coletivo para traçar caminhos e soluções em comum.
Além do desenvolvimento das nossas plataformas (Feira e Sacola da Junta), a Junta Local, através do seu Modelo Ajuntativo, realiza várias atividades de apoio aos produtores. Os produtores engajam de forma ativa nesse processo, participando dos processos de decisão e contribuindo com ideias e esforço. É o nosso trabalho em comunidade.